sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O melhor e o pior da TI em 2007

A Folha realizou uma pesquisa com 27 especialistas de tecnologia do Brasil e do mundo (de blogueiros a CEOs), para selecionar os melhores e os piores da tecnologia em 2007. A reportagem completa está aqui.

Abaixo alguns comentários sobre o melhor e o pior, que são antagonicamente, o iPhone e o Windows Vista, ou seja, dois produtso com características de inovação.

O pior: Microsoft Windows Vista

Ainda não tive a oportunidade de usar o Windows Vista, mas a primeira impressão é que o sistema está tentando fazer o que o Mac OS já faz há algum tempo.

Mas acho que existem novidades além da interface, na própria concepção do sistema operacional. Mas também tenho certeza que não é este o fator mais importante quando os clientes estão procurando um sistema operacional.

O Windows Vista, o novíssimo sistema operacional da toda-poderosa Microsoft, foi considerado o pior produto de informática do ano por um eclético júri de especialistas brasileiros e estrangeiros ouvidos pela Folha ao longo deste mês. O resultado da escolha dos 27 jurados ecoa a seleção da revista norte-americana "PC World", que considerou o Vista a grande decepção do ano, e outras listas da imprensa especializada.

Apesar das vendas fabulosas --no ano fiscal de 2007, a Microsoft vendeu mais de 55 milhões de licenças do Vista--, houve forte reação desfavorável. E a Microsoft acabou aceitando o downgrade --a desatualização, a volta atrás: se você comprar um PC com Vista e não gostar, pode trocar o sistema pelo antigo Windows XP.

A própria Microsoft avalia: "Francamente, o mundo não estava 100% pronto para o Windows Vista", disse o vice-presidente corporativo da empresa, Mike Sievert, em entrevista à imprensa dos EUA.

O melhor: Apple iPhone

Conheci outro dia um cara que tem 5 iPhones e desenvolve aplicações para iPhones. O aparelhinho é fantástico, apesar de ter também um grande quantidade de restrições (nada que não seja contornável) ;-)

As empresas de telefonia estão fazendo fila para terem aqui no país a possibilidade de vender o iPhone. Basta agora acertarem no preço.

Longas filas de espera e preços salgados não impediram que o iPhone, da Apple, e o Wii, da Nintendo, fossem eleitos pelo júri da Folha como os melhores produtos de 2007, conquistando consumidores aficionados por tecnologia e dispostos a investir em gadgets de entretenimento. Os equipamentos receberam 14 votos e 7 votos, respectivamente.

Lançado no meio deste ano nos EUA (e sem previsão de chegar oficialmente ao Brasil), o iPhone se tornou alvo de hackers, que desbloquearam o aparelho, permitindo que ele funcionasse com outras operadoras que não a AT&T. Preço alto, conexão 2.5G e contrato vinculado foram criticados. Mas o design arrojado da Apple, a tela sensível ao toque e a multifuncionalidade do aparelho --que tem câmera fotográfica e MP3 player, navega na internet e, claro, faz ligações-- conquistaram os usuários.

"O iPhone inaugurou uma nova era em usabilidade de smartphones", diz Manoel Lemos, do BlogBlogs. "Bola fora por ainda estar bloqueado na maioria dos países", completa.

Conclusão

O que a Microsoft precisava fazer para ter os seus clientes 100% prontos para o Vista? O mundo estava pronto para o iPhone? O que a Apple fez para o mundo estar pronto para o iPhone? E o que Marketing tem a ver com isso tudo?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sua tecnologia é relevante?

Já tem um bom tempo que eu comecei a pesquisar sobre o OpenID, e tem também algum tempo que eu coloquei um artigo sobre o que se trata aqui neste mesmo blog. Quero falar de novo sobre o OpenID, mas sobre o aspecto da adoção da tecnologia.

Em síntese, o OpenID vem resolver o problema dos múltiplos logins e senhas para acessar diversos sites na internet. A idéia é usar um endereço único que seja validado externamente e repasse informações sobre você para o site que você quer acessar.

Ou, para exemplificar mais ainda, a autenticação é feita com base na relação de confiança: José conhece e confia na Maria, que conhece e confia no João. Logo, José confia no João. Assim, um site que você nunca acessou antes pega informações de um site que você indica e valida através de sua senha nele.

Existem várias tecnologias que fazem a mesma coisa, como SAML 1.0, Liberty ID-FF, SAML 2.0, Liberty WSF, Shibboleth, CardSpace, Higgins, e etc, mas o OpenID é o mais popular.

A iniciativa OpenID é liderada pela JanRain, e neste mês acaba de ganhar um aliado de peso: todo site hospedado no Blogger aceita agora autenticação OpenID. Ou seja, com isso, se você tem OpenID, mas não tem conta no Google, pode autenticar-se para validar seus comentários usando OpenID.

Apesar de existirem várias plataformas, várias tecnologias para atingir um mesmo objetivo, o que faz com que os usuários prefiram uma tecnologia ou a outra?

Existe uma plataforma similar ao OpenID, desenvolvida pela Microsoft, chamada CardSpace. Conceitualmente a idéia é muito parecida (não me perguntem quem veio primeiro, por que eu não faço idéia) porém a diferença está na concepção e nos resultados: O OpenId é um protocolo aberto, do qual ninguém é dono. O CardSpaces é uma iniciativa proprietária da Microsoft.

Duas semanas atrás estive pessoalmente com Ani Babaian, que é uma das pessoas da Microsoft tratando do tema de identidades e fiz algumas perguntas. Eu estava realmente curioso em entender o que leva os usuários a preferirem uma tecnologia a outra, neste caso.

A primeira, era sobre a diferença das plataformas: é tudo muito parecido mesmo (já vi isso antes). Uma das diferenças apontadas por ela é apenas que o CardSpace permite que eu coloque um certificador no meio do processo de validação, garantindo que eu seja quem eu digo que sou. Quando eu perguntei eu não sabia, mas o OpenID também tem isso.

A segunda pergunta, mais relevante, era sobre quantos sites, serviços ou provedores suportam CardSpace: neste caso a resposta foi tão insignificante que prefiro não comentar. Procure no site do CardSpace você mesmo e depois me conte. O OpenID tem (tinha) mais de 2000 sites, e acaba de ganhar um aliado de peso nesta conta, o Blogger, do Google.

E a terceira foi algo mais ou menos assim: "bom, já que o OpenID está indo tão bem, qual seria o futuro do CardSpace?" E ela me respondeu, que em algum momento no futuro, as tecnologias irão se encontrar.

Fica a pergunta: o que é preciso para definir os padrões que os consumidores/usuários irão escolher na internet? Como é definido que tecnologia é usada para uma coisa ou outra? Como uma empresa pode definir padrões? Basta ser uma das maiores empresas de software do mundo?

Bom, pra finalizar, o pessoal do OpenID acaba de anunciar que o MyOpenID (um dos principais sites de autenticação, também da JanRain) agora também suporta CardSpace.

PS: Quer um site excelente sobre identidade? Visite o blog do Kim Cameron, o Identity Weblog

domingo, 25 de novembro de 2007

Blogs Corporativos, a revolução...

Hoje, 17 de dezembro, os blogs comemoram 10 anos de vida. Foi em 1997 que Jorn Barger cunhou o termo "weblog" para descrever a lista de links que mostrava a sua navegação pela web. No conceito de Jorn, o blog seria como é hoje um del.icio.us.

Felizmente, o conceito evoluiu e se transformou numa ferramenta de expressão pessoal e corporativa na internet. Em ambos os casos, os blogs tornam possível que as conversações existentes sobre qualquer tema possam também ser compartilhadas e encontradas por pessoas com interesses em temas afins. Em 2005, quase três anos atrás, os blogs deixaram de ser uma ferramenta de adolescentes e começaram a fazer parte do mundo corporativo: a BusinessWeek publicou um artigo de capa sobre o assunto, chamando atenção para a relevância do uso dos blogs nas empresas.

A principal revolução, que impacta na vida de todos, é permitir que as pessoas possam assumir um papel protagonista no relacionamento entre elas, empresas, instituições e etc. Redes sociais, compartilhamento de arquivos e informações, e também os blogs, fotologs e videologs são também algumas das características desta mudança de paradigma.

Tim O´Reilly consegue colocar um divisor de águas quando delimita esta nova visão do mundo com o conceito de Web 2.0, e suas diversas aplicações e expressões. Mesmo que ainda não sejam 100% claros os limites entre Web 1.0 e Web 2.0 percebem-se novos conceitos, ferramentas e principalmente a maneira que as pessoas se relacionam. Existem alguns vídeos que ilustramn um pouco mais sobre tudo isso, como o The Machine is Us/ing Us ou o vídeo do Rafinha, feito no Brasil.

O impacto desta mudança é destacado em The Cluetrain Manifesto, the end of business as usual. No livro os autores dão algumas dicas sobre o poder destas conversações e de como será o mercado e como é o comportamento do novo consumidor dentro desta nova realidade. Em síntese, as empresas não serão conhecidas apenas pelo que elas dizem delas mesmas, mas principalmente através da amplificação do que o mercado tem a dizer sobre estas empresas. E os blogs são certamente um dos eixos fundamentais deste processo. Segundo o Technorati, cerca de 120 mil novos blogs são criados por dia, representando um aumento no interesse por este novo tipo de comportamento e comunicação.

Seguindo ainda nesta linha, e após ler o artigo do O´Reilly, temos duas impressões: a primeira é que uma das empresas mais Web 2.0 do planeta é o Google. A segunda é que as empresas (em especial as de tecnologia) vão precisar correr atrás do prejuízo, ou seja, estarem por dentro do que significa a Web 2.0. É é isso que as empresas e pessoas estão fazendo.

Recentemente, o Fábio Cipriani, autor do livro Blogs Corporativos, publicou uma relação das 14 empresas mais blogueiras. A relação me surpreendeu principalmente por trazer com principal empresa blogueira a Microsoft, muitíssimo distante de todas as outras (fora a Sun), e principalmente, tão distante do Google:
  1. Microsoft - 4500 blogs
  2. Sun Microsystems - 3778 blogs
  3. ThoughtWorks - 152 blogs
  4. SAP - 147 blogs
  5. IBM - 140 blogs
  6. Adobe - 118 blogs
  7. Google - 83 blogs
A Microsoft está certa. É preciso estar lá. É preciso marcar presença. Estamos num processo irreversível que está levando as empresas e as pessoas a conduzirem conversações na web sobre você, sua empresa e sobre os seus produtos. E neste ritmo, ou você está no controle do que está acontecendo ou está a deriva.

Quando você ou sua empresa (ou ambos) vão ter um blog?

PS: O artigo de Tim O´Reilly sobre Web 2.0 tem também uma versão em português aqui e também um vídeo curtinho em inglês sobre o tema aqui.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Mudando paradigmas profissionais

Cada dia mais percebemos que os modelos de ensino formal precisam ser adaptados e repensados para fazer frente as mudanças estão ocorrendo no mundo. A mudança sempre foi uma característica dos tempos, mas nunca a mudança se deu de maneira tão rápida como nos últimos 10 anos.

Daqui a 10 anos o mercado vai demandar profissionais para carreiras que ainda não existem hoje. Ou seja, nossas escolas e universidades não estão formando pessoas para estas profissões. Já existe algum curso de programação para iPhone, o para o novo iQualquerCoisa que a Apple ainda vai inventar?

Além disso, outro aspecto que tende a cair em desuso é o próprio vestibular. Será que em 10 anos será este o modelo de avaliação das instituições de ensino? Provavelmente não. A formação então, não deverá preocupar-se tanto com uma abordagem "conteúdista", mas principalmente com a formação humana e pessoal, buscando criar e desenvolver as habilidades e valores que farão os profissionais desta nova geração terem sucesso.

Todo este discurso aí de cima para ilustrar o trabalho que faz um colega meu, o Adalberto da Pieve. Ele trabalha para uma empresa que, entre outras coisas, ajuda as empresas a vender anúncios. O trabalho dele? Entre outras coisas, escrever campanhas para o Google Ads!

Google Ads são aqueles pequenos anúncios de texto que aparecem ao lado de algumas buscas que você faz no Google. São anúncios contextualizados com o que você está procurando: se você coloca na busca a palavra livros, por exemplo, os anúncios óbvios são o de livrarias.

Pode parecer simples, mas escrever um anúncio do Google precisa de uma estratégia! Precisa de Marketing! Precisa se diferenciar dos outros! Se a mensagem comunica corretamente o que se vende, de uma forma atrativa e leva o cliente para a página certa, tem muito mais resultados que um anúncio não planejado.

Por exemplo, para anunciar flores, qual dos dois abaixo parece mais interessante?


Então, usando as palavras certas, um pouco de marketing e planejamento, os resultados podem ser muito melhores.

Agora, de que tipo de profissional estamos falando? Estamos falando de um profissional de tecnologia, antenado com as tendências da Web 2.0? Um publicitário experimentando novas mídias? Um gerente de marketing que sabe como aumentar o seu negócio através de campanhas? A própósito, o Adalberto é formado em música!

domingo, 9 de setembro de 2007

Mude o mundo ou vá para casa!

Eu tenho acompanhado o trabalho da Microsoft faz alguns anos. Acho que inicialmente, para mim, a Microsoft era uma empresa inovadora e desafiante. conseguia desenvolver os programas que funcionavam no meu velho 386. O mundo foi mudando e a Microsoft conseguiu uma liderança inigualável com o seu Windows. Com o market-share totalmente estabelecido e o caixa lá em cima, a empresa estacionou. Até mesmo a mesmice era a mesma mesmice de sempre. Pouca inovação. Pouca inspiração. Pouca Paixão.

O próprio dono da Microsoft, Bill Gates, escreveu um artigo publicado no jornal The Washington Post que ressalta a importância da inovação, do reinventar-se: “Por séculos, as pessoas acreditaram que o crescimento econômico resultasse de uma interação entre capital e trabalho. Hoje sabemos que esses elementos foram superados por um único fator crítico: inovação”, disse Gates.

Então, como despertar inovação em sua equipe de mais de 70 mil funcionários espalhados pelo mundo todo? Através de pequenas e simples ações! Microsoft: change the world or go home! é uma destas iniciativas.

O monstrinho azul tem sido espalhado pelos mais diversos cantos da Microsoft, a partir da experiência da Microsoft UK, e possui vários níveis de interpretação, dependendo de quem comunica ou recebe a comunicação. Segundo o autor:

"- Microsoft dizendo aos seus potenciais clientes para mudar o mundo ou ir pra casa;
- Microsoft dizendo aos seus funcionários para mudar o mundo ou ir pra casa;
- Funcionários da Microsoft dizendo aos seus colegas para mudar o mundo ou ir pra casa;
- Todos dizendo para a Microsoft mudar o mundo ou ir pra casa;
- Todos dizendo para os seus colegas mudar o mundo ou ir pra casa;
- E assim por diante!

A Microsoft tem setenta mil empregados, uma grande parte deles bem determinados a mudar o mundo, e algumas vezes, conseguindo. E milhões de clientes com a mesma idéia. Basicamente, a Microsoft está no negócio de mudar o mundo. Se eles perderem essa, devem todos irem mesmo pra casa".

O Steve Clayton, da Microsoft UK, explica um pouco mais sobre isso no YouTube. Eu acredito que grandes mudanças acontecem com pequenos passos. Quando descobrimos novas maneiras de fazer as coisas. Quando descobrimos coisas novas para fazer, quando fazemos nós mesmos de maneira diferente, estamos mudando nosso mundo, e daí em diante. Seja na Microsoft, no nosso trabalho ou ainda na nossa vida pessoal, esta frase faz todo o sentido: Mude o mundo ou vá pra casa!

Escravos de Jó...

Estava lendo o Scobleizer, do Robert Scoble, quando me deparei com uma informação curiosa: A Microsoft está fornecendo acesso wi-fi nos ônibus de seus funcionários. Eu e o Scoble pensamos a mesma coisa: Já vi isso em algum lugar, e acho que foi na Google... Na continuação, a Microsoft está lançando também no dia 26 de setembro o Windows Live Search 2.0, com várias melhorias...

Quando olhamos para a Google (a empresa) vamos observando uma direção da empresa: um número cada vez maior de aplicações online, das mais diversas. Eu acho qie já comentei algumas vezes, eu mesmo uso um monte de ferramentas do Google - como diz o meu amigo Adriano, "se alguém desligar o Google da tomada, ferrou!" Recentemente, estamos escutando os boatos do GPhone, o telefone do Google. Tudo indica que a Google será a empresa dos sistemas de rede, ou dos "sistemas operacionais" os quais usaremos.

Há um movimento meio esquisito no mercado, tal como "escravos de jó":
  • A Microsoft, rainha dos sistemas operacionais e aplicativos de escritório) quer ser uma empresa como o Google (liderar em serviços na web, tal com os serviços Live);
  • O Google, quer ser o rei do "sistema operacional" da web, um complexo de aplicações e sistemas que rodam integrados, além das iniciativas possíveis em mobile, algo parecido com o que a Microsoft é hoje...
Como sempre, desenvolver iniciativas inovadoras (ao invés de ficar correndo um atrás do rabo de outro) são a melhor estratégia: Por exemplo, a Microsoft está lançando uma ferramenta chamada Windows Live Writer, um pequeno editor offline para blogs. Ponto pra ela.

Em tempo: a Apple, quer ser cada vez mais a Apple: lançando produtos inovadores, cada vez mais desejados no mercado, com o por exemplo o novo iPod touch.

sábado, 21 de julho de 2007

OpenId - entrando pela porta da frente

A iniciativa do OpenId ainda não é muito conhecida no Brasil, mas tem tudo para chegar aqui rapidinho e para se tornar um padrão.

Basicamente, o OpenId é um sistema de identidade/autenticação distribuída que vem de carona na onda das aplicações web 2.0, para resolver um problema antigo, que você certamente também tem. Vou explicar:

Cada vez mais estamos usando diversos sistemas e aplicativos na web. Eu por exemplo, uso um montão deles, a grande maioria do Google (nos quais eu faço meu login usando a minha Google Account). Um outra parcela deles, são serviços de diversas empresas, e pra cada um tenho um tipo de login e senha diferente.

No caso dos sites do Google, é bacana, por que todos eles usam uma só autenticação, a Google Account. Assim, posso entrar no Orkut, no meu Gmail e também no Google Reader sem maiores problemas. Mas... e nos outros sites?

Uns sites pedem o e-mail, e outros pedem um username. Alguns pedem ambos, e no quesito senha, uns pedem senhas de no mínimo 8 caracteres, e outros nos obrigam a usar letras e números. O resultado é uma imensa combinação de possibilidades de login e senhas que fica impossível decorar. Na maioria delas, acabo deixando gravada no meu Firefox, por simples conveniência, mas mesmo assim, quando preciso acessar o site de uma outra máquina, preciso puxar da memória qual será a danada da senha.

Com o uso do OpenId, eu escolho um servidor que será a parte que saberá a minha senha. Quando for me autenticar num site, eu coloco o meu endereço da minha OpenId (que é uma url, como por exemplo seunome.myopenid.com ) e autentico no meu provedor de OpenId (no caso www.myopenid.com ). Então o site original confia no provedor da minha OpenId para dizer se eu sou eu mesmo e para pegar também alguns dados básicos sobre mim.

Em termos práticos, seria o seguinte: É como se eu fosse numa festa numa cidade que eu nunca fui antes. Só que o porteiro desta festa já me conhece, então me deixa entrar direto. Quem ele não conhece, precisa se identificar pra ele, entenderam?

A quantidade de aplicações que já usam OpenId é bastante grande e as mais interessantes estão listadas aqui. Com o uso do OpenId, além de não precisar ficar lembrando mais de um monte de senhas e login names, sou capaz de trocar a senha de todos eles de uma só vez (lá no próprio servidor de OpenId).

Para quem quiser saber mais, veja uma série de apresentações sobre o tema ou acompanhe meus bookmarks sobre o assunto.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Enfim, uma rede social que faz sentido!

De tempos em tempos, eu recebo convites diversos para participar das "redes sociais", ou seja, sites no estilo do Orkut. A idéia por trás destes sistemas é conectar pessoas e permitir que cada um compartilhe informações sobre si mesma para seus amigos e amigos de seus amigos.

Eu já escrevi alguns artigos sobre os aspectos gerais do Orkut, em particular com relação a sua privacidade. Tem gente que coloca a vida inteira lá (só falta colocar agência, conta e senha bancária) e acha que ninguém está vendo. Bom ou ruim, o Orkut é hoje o site mais acessado no Brasil, acima de qualquer portal. Basta ir num McDonalds perto da sua casa que você verá as pessoas acessando Orkut naqueles computadores.

Se eu já achava que o próprio Orkut não fazia sentido (ok, vá lá, pode fazer algum sentido), qual seria o sentido de criarem mais e mais redes sociais como andam fazendo por ai? Eu já recebi convites para participar de tantar redes que eu nem me lembro mais de todas... Foi um tal de Gazzag, depois um tal de Multiply, hi5, e também recentemente recebo mensagens de que someone has tagged you :) ! Tem até sites onde você mesmo cria a sua rede social!!!

Então, se estas redes fazem algum sentido, deve ser pela quantidade de pessoas que elas tem, e nesse pontos nada supera o Orkut mesmo. Lembrem que nem mesmo o Uol com sua versão brazuca do Orkut com argumentos como "não dá erro", "não é lento" mudaram as pessoal de lugar. Isso em tempos em que o Orkut dava erro direto e era lento igual tartaruga...

Nas minhas navegações encontrei uma rede social que tem tudo para fazer sentido e dar muito certo aqui no Brasil. Trata-se do Geni.com - Everyone´s Related - a ferramenta é bastante simples e permite que você crie a árvore genealógica da sua família graficamente. Basta colocar uma pessoa e dizer de quem ela é filha e daí ir construindo a árvore. Se esta pessoa tiver e-mail, por exemplo, você adiciona o e-mail dela e ela mesma vai poder sair complementando esta árvore e assim o trabalho todo não fica com você.

Muitos de nós aqui no Brasil tem família ou parentes fora do país (não só pela origem, mas as vezes por alguém que debandou pra outras terras). Devo dizer que para mim que tenho mais de 40 primos diretos (a grande maioria fora do Brasil) esta ferramenta tem sido bastante útil.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Novo consumidor

Na sequência do vídeo do Rafinha, e na mesma linha, o vídeo abaixo apresenta o comportamento do que seria o novo consumidor. Na verdade, acho que o vídeo tem fantasia demais, mas em resumo é válido.



Acredito, no entanto, que talvez o consumidor não tenha mudado realmente. A tecnologia pode ter oferecido a ele novas maneiras de potencializar os hábitos de sempre, tal com o boca a boca sobre um determinado produto, ou ainda, a capacidade de trocar de canal (optar pelo que se quer) na TV.

Via Fábio Seixas, versão txt.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Como criar conteúdo para a Web (Parte 2/2)

O artigo abaixo é seqüência do artigo "Como criar conteúdo para a Web" publicado neste mesmo blog. Nesta parte vamos fazer algumas considerações sobre o aspecto formal, ou seja que coisas fazer ou não na hora de inserir conteúdo na web.

Considerações sobre a forma

Houve um tempo em que as máquinas de escrever só tinham uma fonte e a única variação possível além dos maiúsculas e minúsculas era o sublinhado (que normalmente era aplicado ao documento passando novamente pela mesma área e teclando o caracter correspondente. Conforme as máquinas foram evoluindo, apareceram recursos como o itálico, o negrito (que antes também era possível, bastava dar uma paulada mais forte nas teclas que precisavam dele), e em seguida, as máquinas começaram a suportar o uso de fontes diferentes e tamanhos diferentes também. Entretanto, mesmo neste universo de possibilidades, todas elas eram limitadas ao bom senso do fabricante, que não deixava de colocar, por exemplo, fonte incoerentes entre si.

Quando vieram os computadores e os processadores de texto, com novos e poderosos recursos, começou a "festa". Cada vez se usavam mais e mais recursos no texto até que chegássemos a um bom senso que não é necessário usar mais de 2 ou 3 tipos de fonte num documento para deixarmos clara a nossa mensagem.

Na web, no entanto, além de termos praticamente as mesmas possibilidades que um usuário tem no papel, temos ainda possibilidades interessantes de multimídia, como animações, cores e sons. E como se trata de uma mídia diferente do papel, devemos ter então uma maneira de colocar as coisas também de maneira diferente. Mas é justamente aí que o caos se instaurou.

Antes de mais nada, visite o World Worst Web, um site que mostra uma dezena de erros comuns quando as pessoas fazem um site web. Este é um exemplo de um dos principais erros das pessoas que montam seu site ou colocam conteúdo na web. Elas são orientadas a recursos versus conteúdo. Elas acreditam, errôneamente, que quanto mais recursos o site tiver (leia-se por recursos: animações inúteis, flash usado desnecessariamente, calendários, previsão do tempo, chat, etc,etc) mais visitação terá. Mas a realidade é ao contrário, como já dito: o conteúdo é rei e reina soberano neste mundo da web.

Fontes (o carnaval dos tipos, cores e tamanhos)

Uma das preocupações que você deve ter são as fontes do seu texto. Em geral, todo o sistema de publicação de textos na web já trata estes aspectos para você. Por exemplo, neste blog, já estão definidas as fontes que os títulos das matérias irão aparecer e também as fontes para o corpo do texto. Estas fontes são definidas por um designer que já previamente pensou isso para nós. Cabe a nós, então, apenas escrever o texto.

Mas, a tentação é grande, eu sei. Basta ver uma barrinha de formatação de fontes e de tamanho que nós começamos a fazer as maiores barbaridades nos textos. E quando existem as opções de cores, então? É aí mesmo que o carnaval começa. Mas siga o meu conselho: resista a tentação e use somente negrito e itálico para grifar as partes importantes do seu conteúdo na web.

Um outro detalhes diz respeito a textos copiados da internet ou ainda, pior, do Microsoft Word. Por alguma razão desconhecida, o Word insere no seu conteúdo códigos de formatação obtusos que acabam comprometendo o layout pré-definido do site.

Caso seja necessário utilizar de textos destas origens, a recomendação é usar algum programa para limpar estes códigos de formatação, ou ainda, na falta deles, colar o texto primeiro no Bloco de Notas (Notepad) e em seguida colar na ferramenta de edição de textos web. Inclusive, este tipo de situação leva a outra mais interessante ainda: pode ser que o texto com estas formatações do Word ou do Internet Explorer apareçam bem quando vistas pelo próprio Internet Explorer, mas podem parecer totalmente obtusas se o seu usuário estiver usando um outro navegador, tal como o Mozilla Firefox.

Tamanho de parágrafos

Pode não parecer tão obvio, mas muita gente esquece de usar os parágrafos, criando textos de um parágrafo só ou ainda textos com parágrafos muito longos. É importante evitar este tipo de erro para não criar um material demasiadamente cansativo para o seu leitor.

Observações gerais

  • Faça uso de links em seu texto, tomando o cuidado de não deixar o visitante meio que sem saber pra onde ele está indo. Quando possível, configure para que o link abra em uma nova janela.
  • Se o texto for muito grande, faça o seguinte: divida-o em tópicos. Fica muito mais fácil a leitura e agradável. Seja claro e objetivo no que for escrever. Evite repetições, pleonasmos e etc..
  • Uma coisa que deve ser evitada são algumas expressões da internet como Qq, tc, vc. Muito cuidado na hora de usarem essas expressões. Apesar de seu uso ser comum na internet, elas não ficam bem no seu site. Evite também o uso de gírias.

Considerações sobre o uso de imagens

As imagens servem para identificar e distinguir elementos na página. Em todo o site existem dois tipos de imagens:

  • as imagens que fazem parte do conteúdo – ou seja, que estão associadas a uma página ou matéria especifica;
  • as imagens que fazem parte do layout – ou seja, as imagens que foram colocadas compondo o site como um todo;

Nos dois tipos de imagem, algumas considerações são importantes:
.
Como usar corretamente as imagens

É sempre interessante usar recursos visuais (nada piscando, por favor) associados ao seu texto. As imagens colaboram com a percepção da sua idéia ou na apresentação do seu produto. Neste caso, precisamos levar em conta algumas coisas:

  • Tamanho das imagens – Sempre procure redimensionar as imagens usadas no seu site. Imagens grandes ficam inacessíveis através de conexão discada e também demonstram amadorismo na edição do conteúdo do seu site. Não tente colocar imagens do tamanho de um papel de parede num ícone ou numa imagem de índice, por exemplo. Uma boa dica de software simples e gratuito para editar imagens é o IrfanView – www.irfanview.com (disponível em vários idiomas);
  • Peso das imagens – Um tamanho de arquivo (peso) adequado para imagens na internet é de 15 a 25k – para conseguir imagens deste tamanho é necessário que um profissional use os filtros de compressão e redução corretos, obtendo o resultado desejado sem perder a qualidade;
  • Qualidade das imagens – As imagens originais devem permitir reduções. Se elas já forem pequenas demais, como poderão ser reduzidas? Além disso, imagens de má qualidade, fotografias amadoras, depõe contra a sua empresa. As imagens que estão na internet normalmente possuem baixa qualidade. Nós recomendamos que você procure fotos nos sites de fotos profissionais como por exemplo o GettyImages – www.gettyimages.com ou no semi-profissional Fotolia – www.fotolia.com – este último fornece fotos para internet a partir de USD 1,00.
  • Direitos – A maioria das imagens usadas na internet possuem direitos. Não é uma boa dica, então, sair usando imagens não licenciadas. Procure nos sites indicados, licencie corretamente as suas imagens e evite problemas posteriores.

Quando não usar imagens no seu conteúdo

Não é obrigatório o uso de imagens em todas as matérias, e nós acreditamos que elas só fazem sentido quando realmente agregam valor aquele conteúdo. Evite também usar muitas imagens num só texto, por que ele poderá ficar parecendo uma galeria de imagens.

Leituras Recomendadas

Useit.comSite do Jakob Nielsen, o papa da usabilidade na web – O site possui uma série de artigos interessantes sobre usabilidade;

Tableless.com.brSite do Diego e do Élcio sobre implementações Tableless (sem tabelas) – Tableless é um método de construir sites, usando os Padrões Web (Web Standards) como guia. Usamos CSS para a formatação das informações apresentadas nos arquivos de marcação de texto, se preferir, arquivos HTML ou XHTML.

Don´t Make me Think – A Common Sense Approach to Web Usability, de Steve Krug – Referência indispensável para entender como estruturar conteúdo e layout;

Design para quem não é designerRobin Willians – O livro introduz ao design e a diagramação, através dos 4 princípios básicos do design: proximidade, alinhamento, repetição e contraste. Usando exemplos de “antes” e “depois”, estimula o leitor a fazer suas próprias experiências. Traz também o básico sobre: tipologia, serifa, estilo, peso, tamanho.

Este documento também pode ser baixado na íntegra diretamente do site da Toaster, aqui.

terça-feira, 29 de maio de 2007

A volta por cima

A Motorola foi uma empresa pioneira na disseminação dos aparelhos celulares, especialmente no Brasil. Quando tudo isso começou, se você foi um dos primeiros a ter um celular, deve ter usado um daqueles modelos Micro TAC, Ultra TAC ou ainda Star TAC (ou quem sabe os mais antigos tijolões DynaTAC?). Líder de mercado, produtos bacanas... mas...

Aí veio a Nokia e mudou o conceito do celular, com aparelhos menores, mais inteligentes e agradáveis. É bem provável até que você tenha tido algum aparelho da empresa finlandesa.

Foi a hora do contra ataque: ao invés de inovar em funções, a Motorola inovou no design e fez do RAZR V3 (você deve ter um por aí) um dos aparelhos mais vendidos do mundo. os críticos, porém, apontaram que ela não conseguiu apresentar outras novidades inovadoras em termos de design rapidamente, exceto, talvez, pelo PEBL U6.

Dê uma olhadinha então no que a Motorola acabou de fazer, com o seu novo RAZR² V8/V9:


A página do novo produto está aqui. Fica a sugestão de presente de Natal... ;-)

Pense diferente!


“Aqui estão os malucos, os desajustados, os rebeldes, os causadores de problemas, o pino redondo no buraco quadrado, aqueles que vêem as coisas diferentes. Eles não seguem as regras, eles não tem nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, não concordar com eles, você pode glorificá-los ou odiá-los, mas você não pode ignorá-los, porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana em frente, e enquanto alguns os vê como malucos, nós vemos gênios, porque as pessoas que são malucas o suficente para pensar que podem mudar o mundo, são justamente as pessoas que irão fazê-lo.” Apple Computer, Setembro de 1997.

Via Biz, aqui.

domingo, 20 de maio de 2007

Joost: A nova estratégia dos caras do Skype!

Eles estão fazendo de novo. Janus Friis e Niklas Zennström, os caras que criaram a tecnologia do Kazaa (um sistema de compartilhamento de arquivos peer-to-peer) e o Skype (sistema de telefonia via internet), atacam com uma solução que promete revolucionar o mercado de tv.

O Joost (pronuncia-se juiced) ainda está em versão beta, e apenas usuários atuais do sistema podem convidar outras pessoas pra conhecer a tecnologia. Quem me convidou foi o meu amigo Murilo (obrigado, cara!) e de cara eu achei um programa com o DVD ao vivo do Ed Motta!

Em resumo, você tem uma aplicação que usa a internet para transmitir vídeos de qualidade. Numa comparação tosca, consegui vídeos com mais qualidade que o Youtube, por exemplo, na mesma banda. Além disso, o Joost tem uma série de canais e programas rolando o tempo todo. Você pode escolher o que quer e quando quer assistir.

Até pouquíssimo tempo, a quantidade de conteúdo do Joost era bastante limitada, mas um acordo recente com a Viacom, Sony e CNN vão tornar a plataforma mais atraente ainda. O que ainda é um gargalo para nós aqui no Brasil (banda larga) já é realidade em muitos lugares, tornando a tecnologia bastante promissora.

Quer um convite para conhecer o Joost? É só pedir nos comentários!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Como criar conteúdo para a Web (Parte 1/2)

É cada vez mais comum encontrar pessoas que precisam colocar algum tipo de conteúdo na web. As pessoas estão percebendo que na web, o mais importante é o conteúdo e precisam estar “ligadas” a este mundo de uma forma consistente, seja através de um blog pessoal ou ainda através de um site corporativo de sua empresa.

Ainda assim, existem muitas idéias erradas circulando sobre o que são os blogs e o que é conteúdo na web. As pessoas, de uma maneira geral, tem conhecimento apenas de parte do todo sobre este tema. Não entrando em consideração sobre o que será escrito, podemos encontrar pelo menos duas categorias de pessoas:
  • Aquelas que não sabem o quanto é fácil colocar conteúdo na web - ou seja, pessoas que acham que o conteúdo precisa ser inserido através de comando secretos, reservados a uns poucos eleitos e que somente os "profissionais especializados" são capazes de fazê-lo. Este grupo se caracteriza pelo desconhecimento do método, ou seja, como fazer. Em outras palavras, essas pessoas tem o automóvel mas não sabem dirigir.
  • Aquelas que sabem colocar o conteúdo na web, possuem o domínio das ferramentas, mas não tem a menor idéia das considerações que deveria fazer antes de publicar qualquer conteúdo. Este grupo se caracteriza por conhecer o método, mas é extremamente carente com a prática, ou seja, sabem dirigir o automóvel, mas não sabem por qual caminho devem seguir.
Para quem ainda não sabe colocar conteúdo na web, recomendo que dêem uma olhadinha no Blogger - que é uma das ferramentas para escrever blogs... Você verá que em poucos minutos será capaz de colocar alguma coisa na web, sem a ajuda de nenhum bambambã... Apesar dos blogs parecerem complicados, não o são.

Escrever para a web não se trata mais de dominar ferramentas de edição de código HTML, e nem de enviar arquivos para o servidor, etc. Escrever para a web se trata de escrever conteúdo usando um aplicativo similar a qualquer editor de texto tradicional e publicá-lo de forma coerente e organizada para que esteja acessível por todos.

Colocar o conteúdo na web é um tema bastante extenso. Temas como usabilidade, acessibilidade e conteúdo já foram discutidas várias vezes por aí. Um dos maiores especialistas é o Jakob Nielsen, que tem escrito muito sobre o assunto no site useit.com. Nosso objetivo, no entanto, é colocar as regras básicas para publicar conteúdo na web, e não escrever um tratado sobre o assunto.

Este artigo quer ajudar aqueles que estão procurando considerações sobre como colocar corretamente conteúdo na web. E se você nunca escreveu conteúdo pra web: prepare-se - tenho certeza que mesmo que ainda não saiba disso - você está muito mais próximo de escrever para a web do que imagina. Então vamos lá:

Considerações sobre o conteúdo

Além das considerações sobre o que está escrito e das preocupações com a revisão ortográfica e gramatical, uma das nossas preocupações é como o conteúdo é organizado. Tipicamente, seja num site ou num blog, o conteúdo é organizado por seções de conteúdo ou por tags (marcadores). Todos os dois tipos de organização tem a mesma idéia de fundo, ou seja, permitir que o usuário saiba:
  • Em que área do site (ou blog) ele está;
  • Qual tipo de assunto ou área de conteúdo se refere aquela área;
  • Como está organizado o conteúdo
Antigamente era comum encontrar nos sites um ícone do tipo "mapa do site". O próprio Jakob Nielsen reconhece, que mesmo tendo um mapa, certas vezes o usuário não encontra o que procura. A falha é certamente da organização do conteúdo. E isso acontece tanto em sites pequenos quanto em sites grandes como por exemplo portais. A meta na organização de conteúdo é deixar o usuário cada vez mais consciente de onde ele está e distante da sensação de "estou perdido"...

Seções ou Tags?

Dependendo do tipo de site, o conteúdo será organizado de uma ou de outra maneira específica, como já mencionado. Nos blogs é comum o uso de Tags (Marcadores), que são como "etiquetas" que classificam o conteúdo. No sites, o conteúdo é organizado por seções e subseções. Vejamos um exemplo:

Um artigo sobre "Cuidados com cães labradores" em um site ou blog de animais, poderia ser classificado assim:
TAGS -> Cães, Labrador, Artigos, Dicas

SEÇÕES -> Artigos OU Cães Ou ainda Artigos > Cães (uma subseção de artigos sobre Cães, por exemplo)
Seja como for, esta estrutura precisa ser hierárquica e fazer sentido. Abaixo exemplo de Tags mal aplicadas ou seções mal organizadas:
TAGS -> Animais (é redundante, já que o site fala de animais), Campo, Fazenda (tudo bem, os cães labradores podem até ser mais comuns em campos e fazendas, mas isso não é claro).

SEÇÕES -> Quem somos OU Nosso animais (Quem somos não se aplica e Nossos Animais pressupõe que o leitor saiba que o autor tem um labrador, o que não é obvio.)
Se organizarmos o nosso conteúdo de maneira clara, o nosso leitor irá encontrar o conteúdo com mais facilidade, e não se sentirá perdido. Então, o contexto passa a ser uma das figuras mais importantes deste processo, mas o conteúdo é rei.

Que conteúdo?

Quando estamos escrevendo um conteúdo, devemos ter em mente o leitor a que este conteúdo se destina, ou seja QUEM é o leitor e quais as suas expectativas sobre o nosso site ou blog. Tanto no sentido do usuário (quem) quanto no conteúdo em si (o que) o contexto é relevante. Ou seja, que site estamos nos propondo criar e como fazemos disso algo que faça sentido?

O próximo passo, então, é colocar a mão na massa e escrever. O conteúdo então deverá ser escrito levando em conta:
  • Relevância - O que estamos escrevendo atende as necessidades do meu público alvo?
  • Linguagem - De que maneira vamos falar e ser ouvidos? Linguagem formal ou coloquial? Com senso de humor ou seriedade ao extremo?
  • Forma - Textos curtos ou textos longos? Links para outros conteúdos ou apenas conteúdo próprio? Parágrafos longos ou curtos?
  • Frequência de atualização - De quanto em quanto tempo meu site será atualizado e quem se encarregará disto?
Enfim, estes são pequenos aspectos sobre o conteúdo em si, mas além destes é preciso se preocupar com a forma de colocar este conteúdo online. E disso tratamos na segunda parte de nosso artigo. (Aguarde!)

Este documento também pode ser baixado na íntegra diretamente do site da Toaster, aqui.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Marketing no Desktop!

Ainda tem alguém por aí? Estou um pouco atrasado nos meus posts aqui no blog, mas devo me recuperar do atraso nas próximas semanas. Enquanto isso, mas um vídeo maneiro:

Muita gente tem falado dos incríveis recursos visuais do novo sistema operacional desktop, o Windows Vista, da Microsoft. As pessoas comparam e concluem que já viram aquilo em algum lugar: no Mac.

Mas o bacana mesmo é quando a gente começa a ver gente inovando de verdade e fazendo realmente mais que o Vista e que o Mac. Veja o que o pessoal do Ubuntu Linux fez:



Mais uma pergunta: será que esta baboseirinha toda ajuda na produtividade? Ainda não sei responder. Estou esperando cair do céu mais uns 1 Gb de RAM pro meu Dell.

Update: Recebi este vídeo do Cacilhas, que recebeu da Vero. Obrigado povo!

domingo, 8 de abril de 2007

O novo consumidor

A TV1 fez este excelente material para a 1ª Conferência da Web 2.0, e eu recebi do Adriano. Em resumo, as novas tecnologias estão permitindo a criação de um novo tipo de consumidor, que participa da criação dos produtos, tem vez e tem voz e interage cada vez mais. Assista!

sexta-feira, 30 de março de 2007

"Hi, I am a Mac!"

Como eu já disse alguma vez, uma das minhas paixões é Marketing de Tecnologia. De vez em quando a gente se surpreende por que este mercado pede que a comunicação seja feita de maneira mais inteligente. O que costuma acontecer é que as propagandas viram lendas, e são adotadas por tribos tecnológicas como cult.

Um caso interessantíssimo está na série de anúncios que a Apple (aquela do iPod) fez para anunciar os seus computadores. (É até engraçado, mas antigamente a Apple não era a empresa do iPod, e sim dos computadores... ).

O marketing da idéia era associar os computadores Mac a uma coisa legal, amigável, fácil de usar e com uma interface bacana. E também associar o PC a uma coisa complexa, tediosa em sem graça. Para isso, colocaram um cara bacana se apresentando - "Hi, I am a Mac" - e um cara sem graça como o PC - "Hi, I am a PC".

A idéia é bem bacana e ajuda as pessoas comuns a entenderem por que o Mac é legal e o PC é chato. Mas nem todo mundo pensa assim, né? Bom, foi aí que o troco veio. Não estou aqui discutindo sobre qual sistema é melhor, mas sim como uma idéia conceitual se perpetua:

Fizeram então uma série de filmes com o PC e o Mac, representados pelo cara bacana e pelo cara de gravata, só que desta vez metendo o malho no Mac. O cara do PC dá umas do tipo: "Que legal que vc pode fazer filminhos com o seu Mac, enquanto eu estou fazendo umas planilhas por aqui - e ganhando dinheiro" ou "que bacana que você está gravando um CD com a sua banda na garagem e andando com uns caras esquisitos enquanto eu estou aqui curtindo férias" ou também críticas ao sistema de proteção de cópia de arquivos de músicas do Mac (leia-se iTunes).

Não satisfeitos, a Novell acabou de lançar uma nova série de filmes onde o Linux (um outro sistema operacional) representado por uma mulher, encontra com o Mac e com o PC. Neste filmes, o Linux pode trocar de roupa (ambiente gráfico), enquanto o PC vai ficar alguns anos com a carinha (vista). Fora as discussões sobre quem é o número 1... Tudo remetendo a mesma idéia original do Mac e do PC.

Deve ser muito bacana ser o cara que criou esta estratégia e ver que o seu conceito foi perpetuado. Ou seja, só estão fazendo os novos filmes por que as pessoas conhecem os filmes originais...

terça-feira, 27 de março de 2007

Conteúdo na Web

Nos últimos dias estive preparando um material bastante extenso sobre como publicar conteúdo na web. O material vai se chamar Manual de Redação e Estilo na Web e vai ser disponibilizado gratuitamente aqui e em outros lugares como uma iniciativa da Toaster.

A questão é simples: muita gente acha que escrever ou publicar na web é uma coisa simples. Na verdade, deveria ser. Mas como a criatividade humana, o bom (!) gosto, e o layout são fatores controlados apenas por aqueles que os detêm, muitas vezes o conteúdo fica sujeito a algumas bizarrices.

O conteúdo (que é o mais importante) não é só formado pelo texto escrito, mas por um conjunto de associações: forma, linguagem, imagens, layout... Assim, a preocupação com estas questões deve ser tratada por quem está ajudando a alguém a colocar conteúdo na web.

Neste sentido, o blog é uma coisa legal, por que você precisa se preocupar basicamente com o que vai escrever e como vai escrever, e tem pouca chance de fazer besteira. Usando o Blogger ou o WordPress, escreva o seu blog e junte-se ao time.

Em tempo: o Fábio Seixas escreveu o "Simples guia rápido e alternativo de como criar um blog". Vai lá, ele vai ajudar você a sair das intenções...

terça-feira, 13 de março de 2007

Pensando em comércio eletrônico?

Para nós que trabalhamos com internet, o comércio eletrônico é um desafio constante. Não apenas pelos dificuldades técnicas do processo, mas muito mais pelo trabalho em desenvolver uma estrutura que suporte aquele negócio virtual.

A internet trouxe diversas vantagens para os consumidores. Uma delas, por exemplo, consiste na busca do melhor preço de um determinado produto em diversas lojas com um só clique. Esta pesquisa pode mostrar alternativas de preços de um determinado produto específico (por exemplo, Geladeira Brastemp modelo 44b) ou ainda de uma categoria específica, de vários fabricantes (por exemplo, Geladeira duplex frost free).

Qualquer negócio eletrônico que se preze precisará aparecer nos principais mecanismos de buscas de preço (que são, por exemplo o BoaDica, o Bondfaro e o Buscapé) e enquadrado de forma correta, ou seja, que os seus produtos possam ser achados.

Além dos sites das empresas que vendem somente pela internet, e sites de empresas tradicionais que também vendem pela internet, o seu cliente ainda vai se deparar com os sites de leilões, onde poderá conhecer ofertas de pessoas físicas e jurídicas de um mesmo produto e também pesquisar preços de produtos novos e usados.

O seu cliente, se bem orientado, usará a internet para pesquisar:
  • referências sobre o produto a ser adquirido (especialmente no caso de produtos que são vendidos apenas pela internet);
  • referências sobre o vendedor ou empresa com a qual ele busca efetivamente fazer negócios, inclusive consultando amigos e sites da internet;
  • buscará conhecer a política de troca/arrependimento da empresa (por exemplo, citamos aqui a política do Submarino)
Neste sentido então, além de ser uma empresa idônea, você precisará fornecer subsídios para que o cliente encontre as informações acima:
  • Coloque informações bastante detalhadas sobre o seu produto ordenadas de maneira visível - não esconda as informações e coloque uma busca no seu site de modo que seja fácil achar qualquer informação;
  • Preze a sua reputação e crie um espaço de diálogo com o seu mercado consumidor - um blog corporativo é uma excelente idéia!
  • Difunda a sua política de troca e seja coerente com o codigo de defesa do consumidor - há quem diga que só se conhece uma empresa quando aparecem os problemas - se o seu cliente tiver problemas, ajude-o;
E por fim, ajude ao seu cliente a perceber que não basta escolher o melhor preço: nas compras pela internet, já que ele não pode pegar o produto, deve procurar conhecer o máximo sobre quem está oferecendo e é aí que você fará a diferença.

sexta-feira, 2 de março de 2007

5 mandamentos para Blogar!

Cada vez mais fica claro pra mim que esta coisa toda de blog tem um certo método. O que antes parecia uma aventura, um entretenimento, começa a fazer cada vez mais sentido. Ou seja, hoje em dia ler blogs e escrever nos blogs já faz parte da minha rotina de trabalho, assim como antes era parte da rotina ler notícias no jornal.

O blog hoje é uma outra maneira de ler as mesmas notícias que saem nos jornais ou na mídia especializada - ou seja, de saber o que as pessoas estão pensando sobre o que está acontecendo no mundo sobre os mais diferentes tópicos - porém, no blog estamos em uma conversa em andamento, e sem fim.

Pode não parecer claro pra todo mundo o tempo todo, mas todo blog busca audiência qualificada. E para conseguir isso é preciso seguir um certo conjunto de regrinhas, que aqui chamamos "Mandamentos":

1 - Mantenha o foco - É dificil, eu sei. Com um pouco menos de cuidado, um blog temático pode acabar virando um blog sobre "as coisas que passam na minha cabeça". Mas o principal risco de mudar de foco (ou sair do assunto) uma vez que se tem uma audiência cativa, é levar uma bronca dos seus próprios leitores.

2 - Seja objetivo - Não enrole (ou pelo menos tente): vá direto ao tema.

3 - Leia e comente em blogs afins - além de formar e gerar mais conteúdo para a sua mente, ler e comentar blogs vai formar uma cadeia de pessoas que conhecerá (e em pouco tempo lerá) o que você pensa.

4 - Seja freqüente - Mantenha o seu público contente - escreva mais, dê a eles mais conteúdo. É isso que eles precisam para serem felizes. Blogs são conversas em andamento e ninguém gosta quando alguém pára um assunto pela metade.

5 - Seja relevante - E finalmente, claro, seja relevante. Não crie um blog para não colocar nada de novo, ou seja, conteúdo relevante para a sua audiência.

PS: Se você precisa trabalhar e ainda blogar, veja o guia de um dia na vida de um blogueiro, no Logic+Emotion...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

E agora, José? Acabou o carnaval e nós vamos é trabalhar!

Acabou o carnaval, vamos lá, todo mundo de volta ao trabalho! Epa! Na verdade, há quem não sabe o que é folga no carnaval - ou melhor, sabe muito bem: é época de trabalhar mais, num esquema super especial voltado para a indústria do carnaval. Um exemplo são os garis da Prefeitura do Rio de Janeiro, da COMLURB. Eles tem um esquema especial de trabalho para a limpeza da cidade que recebe tantos turistas.

Na prática, metade das pessoas (senão mais) não fazem a mínima questão da folia em si - querem mais aproveitar o feriadão. E ainda, pra completar, tem aquela besteira que está no subconsciente de todos: o Brasil só anda depois do carnaval! Já dizia um amigo holandês, a partir de sua perspectiva de estrangeiro, que isso não faz o menor sentido. E não faz mesmo! E os brasileiros se surpreendem que o carnaval, tal e qual o nosso só exista mesmo por aqui. Que país pode se dar ao luxo de esperar dois meses para começar a andar? Talvez algum país rico possa, mas nós não podemos.

Acho que todo brasileiro devia aprender a ser gari o ano todo, ou seja, adotar as seguintes melhores práticas:
  • não parar projetos ou trabalhos só por causa do carnaval - o carnaval apenas indica que os projetos devem acabar antes ou que podem transcorrer este período sem maiores alardes;
  • não esperar o carnaval passar para começar ou acabar alguma coisa - ao contrário: precisamos ser planejados e organizados e se adiantar a ele para - quem sabe - desfrutá-lo.
Em suma, é só se planejar para poder passar ele tranquilo, com o serviço feito - senão, nada mais justo do que voltar ao trabalho! :-)

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Mais uma ?

O Second Life é um dos diversos ambientes virtuais na internet onde qualquer pessoa pode assumir uma segunda identidade e ter uma segunda vida (second life). A julgar pela quantidade de pessoas que participam deste sistema (mais de 3 milhões de pessoas no mundo inteiro) o projeto tem tudo para dar muito certo.

A iniciativa é simples: você cria o seu avatar e começa a interagir com outros avatares. Cada personagem interage num mundo virtual, com pessoas reais e se agrupam por comunidades, ilhas, e negócios. Existe uma ferramenta de busca que facilita a vida de quem está ingressando na comunidade e tem sempre algo interessante acontecendo.

A moeda corrente, o Linden, pode ser trocado por dólares facilmente. Com este dinheiro você poderá comprar terrenos, empresas e fazer negócios de verdade. O sucesso de Second Life lá fora é tão grande que alguns meses através se transformou em um terreno virtual de lançamento e promoção de produtos e serviços que encontramos no mundo real. A quantidade de informações sobre este mundo também já é grande na Wikipedia, dê uma olhada.

A internet permite que as pessoas se relacionem de maneira diferente uma com as outras e talvez o Second Life seja uma das mais claras expressões desta realidade. Com o Second Life as pessoas podem criar um alter-ego diferente daquilo que elas mesmas são e interagir com outras pessoas nesta mesma condição.

Embora isso não seja novo (já era possível isso nos chats, por exemplo), o comportamento humano sob estas condições pode ser surpreendente. Além da sua vida, você precisa de mais uma?

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Fale com o seu cliente pela web!

Um conceito interessante para difundir o seu produto (ou seu negócio, ou a sua idéia) é a criação de Webinars (ou web seminários - ou seja, seminários - palestras que acontecem na web).

Lá fora, este tipo de eventos são cada vez mais comuns: reduzem o custo das palestras tradicionais (que precisam de microfone, equipamento e equipe de som, auditório, coffee-break, etc, etc. - e ao mesmo tempo oferecem a comodidade do participante assistir de qualquer lugar do mundo, mesmo de pijama.

Obviamente, na hora de expor o seu produto, seja relevante para a sua audiência. Ninguém vai a uma palestra para conhecer as vantagens de um produto em si. As pessoas vão para aprender algo que seja relevante para elas. Por exemplo, se o seu produto é um, digamos, inseticida: ofereça uma palestra explicando quais insetos são encontrados em casas ou empresas e como se prevenir sobre eles.

A regra geral é posicionar você ou sua empresa neste contexto (seja como especialista ou compartilhando a visão que você tem de seu produto no âmbito da palestra). O resultado desta ação pode ser mensurado pelo retorno da audiência.

Aqui no Brasil, essa onda ainda está pegando, e tem uma empresa muito legal oferecendo uma solução para isso: a AulaVox. Visite o site deles e você poderá ter uma idéia de como funciona a interface do sistema e cadastre-se para receber novidades das palestras gratuitas.

Aproveitando, quero convidar vocês para a palestra de Marketing para Pequenas Empresas do Ricardo, da BizRevolution - tenho certeza que é uma oportunidade que vai valer a pena. Encontro vocês lá!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Backup online, a melhor solução!

É bastante comum, na minha empresa, recebermos e-mails de pessoas que perderam todos os dados dos seus discos rígidos e não sabem o que fazer. Lembro de pessoas desesperadas, procurando por uma solução que pudesse recuperar trabalhos, monografias e outros dados importantes.

A experiência me ensinou duas coisas importantes:

1. Discos rígidos vão falhar - é apenas uma questão de tempo. Como tratam-se de dispositivos mecânicos, estão sujeitos ao desgaste e a outras falhas.

2. Você vai esquecer de fazer o backup - esta constatação é simples. Ninguém gosta de ficar fazendo uma tarefa repetitiva e chata diariamente, semanalmente ou mensalmente. Não há nada mais chato que ficar esperando o seu gravador de DVD copiar as pastas que você precisa.

Finalmente consegui encontrar uma solução que resolve corretamente os dois problemas acima e além disso, é gratuita: é o Mozy, da Berkely Systems. a idéia é simples: você instala o programa e seleciona que tipos de arquivos (ou que pastas) deseja fazer backup e pronto. O Mozy copia todos os dados de maneira criptografada para um servidor seguro dentro de um datacenter. Assim, quando precisar de algum arquivo, basta recuperar, seja via web ou usando a própria aplicação. O produto é gratuito até 2 Gb.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Você está ouvindo?

Para quem vem acompanhando a minha atividade blogueira (iniciada no Coisa Fácil, e em seguida no finado Pense "Fora da Caixa") e também a crescente atividade da "blogosfera", não é novidade a eficiência do blog como meio de comunicação.

Para quem chegou agora, no entanto, este conceito não está claro. Não sei ao certo se o blog ainda é visto como um canal de comunicação menos nobre, como um pseudo-site ou se ainda, simplesmente, não "pegou" como deveria. Claro, tem gente que usa blog como álbum de fotos, como diário melado de chorosidades, etc... Mas a coisa não é por aí. A grande maioria que ainda não entendeu como é que a brincadeira funciona.

Numa passeada rápida vemos blogs que se destacam pela qualidade dos textos, assumindo uma quase "profissionalização" da "profissão". O Fábio Cipriani tem um excelente livro sobre este assunto, que é recomendado para qualquer um que queira se aventurar por estes caminhos (e o primeiro capítulo é grátis).

A ênfase disso tudo está na contação que a internet permitiu que as pessoas expressem as suas opiniões de forma "audível" a um número cada vez maior de pessoas. Uma das muitas formas de expressão desta comunicação está representada pelos blogs. Através deles uma opinião é formada, uma idéia reciclada e por fim, pessoas interagem.

E o impacto disso já foi percebido pelas empresas. O blog, ou a comunicação das pessoas, tem um poder incrível na hora de recomendar ou condenar um produto. E é este aspecto que quero destacar: o blog como ferramenta de negócios, ajudando pessoas, produtos e mercados. Como se houvesse uma grande conversa rolando ao mesmo tempo, discutindo assuntos do meu interesse, ao meu dispor. E no fundo é isso mesmo. Os blogs são a melhor expressão destas conversas. E o melhor é que você poderá fazer parte delas.

Graças a tecnologia, então, conseguimos que as pessoas possa falar sobre produtos e mercados. As pessoas podem ter voz. Ouvir e ser ouvidas.

Segundo o Fábio Cipriani, um blog pode ajudar a sua empresa a:

- Fazer barulho na internet e aumentar o valor da sua marca
- Melhorar a comunicação interna da sua companhia e otimizar os processos
- Aproximar-se mais dos clientes e entender os pontos de vista deles
- Enriquecer o conhecimento de seus clientes mostrando-se especialista
- Colher opiniões e testar novas idéias de produtos ou serviços
- Inserir a sua empresa no mercado global
- Ser transparente e bem valorizado pelo mercado e pela imprensa

Acredito que um blog pode fazer isso não só pela sua empresa, mas também sobre as suas idéias. É um canal onde elas vão estar sendo apresentadas ao grande público, mas de certa maneira, ainda de maneira controlada.

Este é o espírito deste blog, é para isso que ele existe: ele quer ser uma conversa, quer ser um ponto de encontro de idéias e também uma outra rede de comunicação, onde juntos construiremos algo melhor e mais completo do que aquilo que começamos.