O mundo da tecnologia está mudando constantemente. A Web 2.0 (tem gente que já diz estar na Web 3.0, mas tudo bem), e toda esta movimentação que está acontecendo pós-Web 2.0, tem levado as empresas desenvolvedoras de software a oferecerem soluções coerentes com este modelo.
Aqui no Brasil, a quantidade de aplicações ainda é pequena, mas tem alguns exemplos bacanas por ai. Em síntese, quer-se focar na experiência do usuário, e que a informação possa ser acessada de qualquer lugar, de qualquer dispositivo. A também chamada computação ubíqua.
Neste mercado como um todo, um nome surge indubitavelmente: Google. Com a recente oferta da Microsoft pelo Yahoo!, volta a tona a discussão sobre se o futuro será mesmo das aplicações web ou das aplicações internet.
Para debater sobre as duas vertentes, já temos aquela famosa sopa de letrinhas já tradicional de nossa indústria, e atrás de cada uma delas, um conceito:
O primeiro deles é o Software as a Service (SaaS), uma idéia que tem sido defendida pelo Google onde o Software é oferecido como um serviço, ou como uma aplicação que roda essencialmente em um navegador. O segundo é o Software+Services (S+S), uma estratégia que tem sido comentada principalmente pela Microsoft, mas seguida também por outros, onde a internet é o caminho, e as aplicações funcionam no desktop.
Ambas estratégias tem os seus prós e contras, e não pretendo debater eles aqui. O que eu prefiro fazer é comparar os principais produtos destas empresas que seguem estas estratégias, como são o Google Apps e o Windows Office Live Small Business Basics (alguém precisa de um redutor de nomes por aí?)
Sobre o Google Apps
O Google Apps (antigo Google Applications for your domain) é um conjunto de soluções básicas voltadas para pequenas empresas, que precisam usar ferramentas como correio e recursos de colaboração.
Sobre o Windows Office Live Small Business
É um pacote que se destina a mesma coisa, e a principal diferença é que não se trata apenas de aplicativos web, mas aplicativos de desktop também.
Comparativo entre as soluções
Assim sendo, resolvi comparar as principais diferenças de cada uma das duas soluções:
Característica / Recurso | Google Apps | Windows Office Live Small Business Basics |
| GMail (Personalizado) | Live HotMail (Personalizado) |
Mensagem Instantânea | GTalk | Live Messenger |
Agenda | Google Calendar | Live HotMail (Personalizado) |
Publicador de site web | Google Page Creator | Site Designer Tool |
Aplicativos Adicionais | Google Docs (Editor de Textos, Planilhas e Apresentações) | Microsoft Office Accounting Express 2008 (Software de controle financeiro em inglês) |
Contas de E-mail | Sem limite pré-definido | Até 25 contas de e-mail |
Tamanho da caixa postal | > 6 Gb | 5 Gb |
Idioma suportado na data | Português e mais 25 idiomas | Inglês |
Conclusão
A oferta da Microsoft ainda não é tão abrangente como a do Google, mas possui alguns atrativos interessantes. Com a compra do Yahoo!, a Microsoft ficaria com mais atrativos ainda.
A grande questão por trás disso tudo está na capacidade de ambas empresas criarem e manterem seus produtos na linha de frente da inovação, criando tecnologia e não apenas replicando a concorrência.
Fontes: Página de comparativos de versões do Google Apps e do Windows Office Live Small Business Basics
PS: Artigo escrito usando o Google Docs e o Windows Live Writer. ;-)
3 comentários:
Fala Silvio, em complemento ao seu artigo, vemos o Google se movendo para novos horizontes. Deve conhecer o Googe Gears (http://gears.google.com/) uma iniciativa para trazer os Google Apps para o desktop, habilitando-os para funcionar off-line.
Eu só discordo quando a capacidade da MS em se manter inovadora... Tem uns 10 anos que ela se limita a copiar os outros deixando a inovação para a galera opensource ou para a Apple...
Na minha opinião enquanto a MS insistir em tentar impor sua missão de "um computador em cada mesa rodando aplicativos Microsoft" ela continuará perdendo espaço.
Por exemplo, uso muito o Google Docs, até para escrever artigos e livros em parceria com outras pessoas e fui dar uma chance à solução da MS.
Até pensei "Putz, seria um saco ter que instalar isso em todo computador que eu for usar", mas era só um teste...
Só que não uso Windows como sistema principal desde 1992 e o download só existe para Windows...
Tenho uma máquina rodando Ruindows aqui, mas raramente a uso.
Apesar de tudo a MS tem grana, muita grana, e isso lhe dá um certo poder, vamos ver o que nos reservará o futuro.
Por enquanto estou com o William Gibson: Acho que os japoneses vão comprar, talvez para alimentar o iBô! ;-)
Roney,
Sim, eu quero ver também - só a Mãe Dinah que sabe o que vai acontecer. Mas esta disputa é boa para nós, usuários. Que vença o melhor.
Adriano,
Vi e uso o Gears. O próximo passo é desenvolver algo que suporte a API. Mas... fica uma colocação... Se é pra rodar offline, não era melhor rodar uma aplicação não web, como as aplicações de celular?
Silvio
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